29 janeiro 2020

«NÃO QUERO FICAR ENTALADO ENTRE A JOACINE E O ANDRÉ»...

Sem calhar não será bem assim como se descreve acima, o entalanço é outro... Depois de o Observador ter perdido as suas apostas nas campanhas internas tanto do PSD (onde se mostraram escabrosamente parciais por Luís Montenegro) como do CDS (mais discretamente parciais por João Almeida), o que se constata é que o Observador e o seu liberalismo à outrance, a estarem entalados, estão-no agora entre o Rui Rio e o Chicão. Se a política portuguesa funcionasse por afinidades ideológicas, então poder-se-ia afirmar que o Observador estará por uns tempos confinado, na frente política, ao terceiro partido monorepresentado na AR, a Iniciativa Liberal (IL) de João Cotrim Figueiredo. Mas já se percebeu que o financiamento desta última organização vem de outras paragens. É assim improvável que se forje uma aliança entre as duas facções liberais rivais. Afinal uma foi a votos (IL) e a outra passeia-se opinando avonde pelas televisões enquanto o jornal monta campanhas de opinião para que os compromissários da causa se apoderem por dentro dos partidos pré-existentes. Que falharam, só que, como seria de esperar, no próprio Observador esqueceram-se de reconhecer isso. Não tendo dúvidas que o Observador e o seu publisher não quererão ficar entalados, mas não é no espaço político acima descrito, nem pelas causas acima sugeridas.

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