10 de Dezembro de 1920. O Prémio Nobel da Paz é conferido a Léon Bourgeois (1851-1925), antigo primeiro-ministro de França (por seis meses, 1895-96) e à época presidente do Senado francês. E o que fizera esse relativamente desconhecido político francês, exemplar típico do género na III República? De acordo com o texto que acompanha a atribuição (acima, à direita, o diploma) «pela sua participação nas duas conferências de Haia de 1899 e 1907 e pelo seu trabalho em prol do que veio a ser a Sociedade das Nações, um trabalho efectuado de uma tal forma que ele é frequentemente denominado pelo seu pai espiritual» ou então «pela sua contínua contribuição para a causa da paz e da justiça e pelo seu papel proeminente na criação da Sociedade das Nações». Depois do da Literatura, o Prémio Nobel da Paz é aquele que mais opiniões costuma suscitar todos os anos, aqui nas redes sociais. Uma evocação como esta é demonstrativa do quanto se devem apreciar essas opiniões sobre o prémio, o galardoado, a oportunidade do mesmo e as razões dos candidatos preteridos com a maior das circunspecções...
Sem comentários:
Enviar um comentário