11 de Dezembro de 1990. Se há trinta anos os países comunistas do Leste estavam atrasados quando em comparação com o resto da Europa, a Albânia destacava-se de entre eles por ser um país (também) comunista que estava ainda mais atrasado do que os outros países comunistas. Ali, até o comunismo caiu com atraso... e não caiu (inicialmente) com estrondo. Foi, como se pode apreciar pela fotografia acima, tudo muito civilizado: o líder comunista Ramiz Alia (ao centro do lado esquerdo da foto), ladeado de dois lugares tenentes entretanto caídos no esquecimento (Lisen Bashkurti e Skënder Gijnushi) teve uma amena conversa com aqueles que são descritos na legenda da fotografia por «dirigentes estudantis e jovens professores» onde se ficou a saber que «o pluralismo fora legalizado». E pronto, apesar de por cá haver quem fizesse e tivesse feito propaganda afirmando que a Albânia era um país bestial (abaixo), assim se findaram 46 anos do papel dirigente e exclusivo do partido comunista em terras albanesas. Como de costume, a nossa comunicação social não aproveitou devidamente a ocasião para ir colher a opinião de todos esses cómicos que achavam ou haviam achado a Albânia um país «farol do socialismo», cómicos esses que, quase todos, ainda hoje andam por aí à solta, ainda por cima a pregar moral aos outros...
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