28 julho 2016

TEMPO DOS MAIS NOVOS - TEMPO DOS MAIS VELHOS - TEMPO DOS MAIS TOLOS

Perdoe-se-me a Nostalgia de regressar a épocas em que ainda subsistia o Muro de Berlim, em que a programação infantil era obrigatoriamente ingénua e em que a outra programação, quando nos queria fazer passar por tão imbecis e ingénuos quanto os mais novos, era displicentemente desprezada por o tentar fazer. Famosos ficaram, por exemplo, alguns boletins clínicos produzidos do Kremlin que acabaram por assassinar inesperadamente sucessivos gerontes do Politburo após breves e ligeiras constipações que terminavam num (sumptuoso) funeral.
Com a queda do Muro, com o desaparecimento de uma certa maneira excessiva - pela imbecilidade - de noticiar, pela própria sofisticação crescente da opinião pública, pensei nunca mais voltar o sentir o mesmo sentimento de desdém por um corpo profissional que não tem pudor de noticiar aquilo que é tão inverosímil que chega a ser insultuoso para os destinatários. Querem-nos convencer agora que houve o frufru que houve por causa das sanções e que foi Dijsselbloem que o conseguiu armar sozinho? E que os outros, poderosos, eram todos contra a sua imposição?...
Depois estranhem as comparações de Bruxelas com a Moscovo de outrora...

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