Carolina Patrocínio é conhecida pela pujança dos seus abdominais e pela versatilidade como recupera a forma após cada gravidez. Mas a entrevista que Nuno Ramos de Almeida lhe fez permitiu realçar uma outra faceta sua: a académica e intelectual. Pena que a entrevistada já não consiga reproduzir a pergunta que serviu de base à sua tese de mestrado... - porque a haver alguém que se podia lembrar da pergunta seria certamente a autora da pergunta... caso tivesse sido ela mesmo a formulá-la, à pergunta. Talvez neste caso, não. O que se pode suspeitar é que a atribuição de graus académicos já terá sido mais exigente... E desconfio que o entrevistador, na continuação, se permitiu uma pequena private joke, ao invocar o lugar comum - o meio é a mensagem - que é frequentemente citado da obra de Marshall McLuhan. Desafio hipotético a que Carolina Patrocínio não se deu por achada. Relembre-se que McLuhan é tão densamente intelectual que já aparece com tal estatuto de intelectual irrefutável em 1977 numa cena do filme Annie Hall. Lembrasse-se Carolina Patrocínio da pergunta que orientou a sua tese e o seu estatuto e talvez se assemelhassem os dois episódios. Só que aqui, mais do que uma questão de ignorância do tema, é uma questão de ignorância do quanto se ignora sobre o tema.
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