14 outubro 2015

EM TEMPOS DE SURPRESAS POLÍTICAS, O JORNALISMO «ECONÓMICO» TAMBÉM NOS PODIA SURPREENDER...

Expectabilíssimo, aquilo que no Jornal de Negócios se esperava às oito da manhã sobre o comportamento da Bolsa para hoje, acima escarrapachado. Contudo, ao encerramento das 16H30 dera-se uma cambalhota, a Bolsa encerrara positiva, e a notícia aparece, impávida, com um desplante já familiar para quem acompanha por obrigação profissional estas mudanças de opinião. Mais do que isso, nas explicações sumarizadas mais abaixo esqueceram-se de precisar que a subida do índice da Bolsa lisboeta foi ao arrepio do que aconteceu na maioria das outras bolsas europeias – que caíram. Tanto pior para a teoria do impacto negativo da perspectiva do governo de esquerda. Amanhã é um novo dia e ela tornar-se-á a confirmar... Mas, por associação de ideias, já que os comunistas nos surpreenderam dispondo-se a apoiar/integrar um governo, porque não fazem estes jornalistas ditos económicos o mesmo, assumindo de uma vez por todas que não fazem a mínima ideia porque é que as bolsas se comportam como comportam? Era muito arriscado? Olhem que tal confissão era capaz de ter as mesmas consequências das causadas por estas novas intenções comunistas...

2 comentários:

  1. E no dia seguinte, ao contrário da europeia, a bolsa chove em Santiago. A saber, sobe. Estes romanos andam loucos.

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  2. O problema dos jornais económicos é que têm de inventar 3 motivos para os mercados variarem por dia, um de manhã, um ao almoço e outro na hora do fecho das bolsas. Infelizmente movimentos influenciados por mudanças fundamentais acontecem lentamente. E nenhum jornal deste género sobreveria de notícias de tendências por mudanças fundamentais de 6 em 6 meses.

    Keynes, além de um economista brilhante cujo trabalho tem sido utilizado por outros menos brilhantes, era um precursor dos hedge funds. Keynes conseguiu construir 3 fortunas e destruir 2 e nessa saga foi-lhe atribuída uma frase que em muito se adequa: "Os mercados podem manter-se irracionais por mais tempo que tu solvente".

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