Ao apreciar a capa desta semana da revista Sábado parecerá impossível não simpatizar com Carlos Moedas por causa da sacanice que lhe pregam, à vista de todos. Isto que se vê acima só pode constituir uma joelhada nos tomates do novo presidente da Câmara de Lisboa e nem sequer se lê ali a inspirada legenda que foi adicionada na página virtual da revista: Carlos Moedas: 34 histórias do senhor 34% em Lisboa. Um ênfase no número 34 por conta da fragilidade da vitória eleitoral. Isto é o presente. Mas também há o passado. E recordando-o, a minha simpatia para com Carlos Moedas esvai-se. Lembro-me de um Carlos Moedas que, aproveitando a sua condição de comissário europeu e os meios postos à sua disposição por aquela instituição, nunca se acanhou em se promover naquele mesmo palco onde agora o põem a fazer figuras tristes. Apreciem esta notícia de há cinco anos em que, também por um preâmbulo, e também em pequenas histórias de bastidores, se percebe desde logo o carácter heróico que a jornalista pretende conferir à personagem. Eu considero-me daqueles que aprecia a conhecida expressão do Viver e Morrer pela Espada num sentido lato e que ela deve ser evocada em qualquer circunstância em que seja pertinente, ao contrário do que se faz frequentemente, quando se a vai buscar apenas e só quando ela vai na corrente da nossa argumentação. Carlos Moedas poderá até ter razões de queixa, mas eu não tenho pena nenhuma dele.
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