Cascais, 1951. A fotografia acima apareceu inserida numa reportagem de uma edição da revista LIFE sobre as nobrezas europeias que se haviam exilado nestas paragens lusitanas durante e depois da Segunda Guerra Mundial. O autor é o fotógrafo americano Gordon Parks. A modelo - se assim se pode dizer... - é a baronesa alemão Walburga von Friesen de 65 anos, que passeia os seus cães. Os cães são dachshunds. Mas a fotografia é dominada pelo pés descalços da senhora que passa por detrás e que a revista não se dá ao incómodo de identificar - é de origem local, não se exilou... Foi há 70 anos, ainda o PAN não existia para se preocupar com os animais e a natureza. Havia ainda que calçar as pessoas...
E será que alguns dos "objectos" escuros espalhados pelo chão serão obra dos lulus da sra. baronesa?
ResponderEliminarBoa pergunta! Mas desconfio que não. Os bichinhos tem "pedigree" e boa educação: têm aspecto de quem caga a recato e não no meio da rua. Talvez uma daquelas mulas que tivesse por ali passado, não nos esqueçamos que estamos em 1951.
ResponderEliminarÉ capaz de ter razão, mas olhe que os vestígios que os muares deixavam pelas ruas costumavam ser bem mais volumosos do que os da imagem. Mas claro que outros cãezinhos também passariam por ali, para além dos da sra. baronesa, e ser um deles (ou vários, o mais certo)o autor da obra.
ResponderEliminarA conversa não será a mais própria, mas convido-o a imaginar o que acontece aos vestígios dos muares depois de devidamente pisoteados pelo trânsito - motorizado e também animal.
ResponderEliminarAliás, deixo-o com uma ligação a umas imagens dos Campos Elísios em 1900 em que se percebe o que acontece "àquilo" quando a circulação de viaturas atreladas é elevada. Não restam dúvidas que os campos ficam menos... elísios.
https://www.youtube.com/watch?v=9VUVqWckLDo&t=100s