14 outubro 2021

EM QUE É QUE RAQUEL VARELA É IMPORTANTE? E PORQUE SERÁ ELA IMPORTANTE?

Quando leio um opinador a perguntar-se, na sua coluna de jornal, se Raquel Varela é importante, apetece-me devolver-lhe a pergunta: em que é que ela é importante? e porque é que ela é importante? Pensando nisso, o que a projectou mediaticamente terá sido a sua atitude assertiva e arrogante, que é excelente para a figuração em espectáculos televisivos de mud wrestling (acima), só que em versão verbal. Ora as mud wrestlers são para ser detestadas pelos espectadores. Se recordarmos o momento televisivo abaixo, em que Manuela Moura Guedes abandona com espavento um programa de televisão desse género, hão de reparar que as quatro presentes compartilham o mesmo retrato psicológico de pessoas que se detestam entre si e que todos adoramos detestar por sua vez: Isabel Moreira, Manuela Moura Guedes, Raquel Varela e Sofia Vala Rocha. Umas são más, outras são piores, há umas que se conseguem fazer detestar mais do que outras, mas é essa capacidade de se fazerem detestar que é simultaneamente a força e a sua fraqueza de tais figuras mediáticas. Os detalhes que têm rodeado as revelações sobre a carreira académica de Raquel Varela, e que estão na origem da pergunta do opinador, são aquilo mesmo: detalhes. Quem estivesse, ainda que vagamente, interessado em acompanhar o que Raquel Varela produz, sabe que a produção científica de Varela é uma merdaSempre foi. É a identidade da visada que torna interessante o assunto do percurso académico tortuoso, não o assunto em si. Repare-se que, se fossem as revelações sobre outro docente universitário, o interesse público seria uma fracção do que é. Em contraste, se as revelações fossem sobre outro assunto escabroso qualquer, mas sobre Manuela Moura Guedes (por exemplo), ninguém perderia um bocadinho sequer e ter-se-iam acumulado os comentários, como aqui tem acontecido. Em conclusão, Raquel Varela não tem importância alguma, Pedro Tadeu. Mas parece ser muito divertido (e também merecido) vê-la a rojar-se pela lama. Mas isso é - sempre foi - do domínio do espectáculo, não de quaisquer preocupações com a produção científica.

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