15 de Outubro de 1931. Embora a data permaneça controversa (7, 10 ou 15 de Outubro) esta é uma das datas possíveis em que se realizou finalmente a prisão de Szilveszter Matuska. Matuska era um húngaro (embora nascido em território que hoje faz parte da Sérvia), que se celebrizou por, num determinado período de apenas dois meses (Agosto-Setembro) de 1931, ter sido o autor de dois descarrilamentos de importantes comboios que ligavam capitais da Europa central (Basileia-Berlim e Budapeste-Viena). As repercussões dos actos tornaram-se mais importantes que as consequências dos próprios e um prémio de 100 mil marcos foi atribuído à captura do homem que fazia descarrilar os comboios. A investigação revelou-se até rápida. Matuska foi capturado em Viena de Áustria (onde vivia), confessou os atentados, e aí foi condenado a seis anos de prisão, dos quais cumpriu quatro, tendo sido depois transferido para a Hungria, onde ocorrera o atentado mais grave (22 mortos), país que o condenou por sua vez a prisão perpétua. No entanto, em Dezembro de 1944, a prisão onde Matuska estava preso libertou todos os seus prisioneiros diante do avanço do Exército Vermelho. Matuska desapareceu a partir daí, dando uma nova vida à lenda da sua pessoa, para a qual nunca se arranjou uma explicação razoável para ter feito o que fez. Tão forte era esse mito que cerca de 40 anos depois, ainda se fazia uma BD contando a sua história (abaixo) e, mais de 50 anos depois (1983), um filme.
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