12 de Junho de 1991. Num referendo local, que se realizou no mesmo dia que as primeiras eleições presidenciais russas, sai vencedora a proposta para que a cidade de São Petersburgo recuperasse o seu nome original. À época ainda existia a União Soviética - que só desapareceria no final de 1991 - e esta reversão do nome da cidade, de Leninegrado, nome que lhe fora atribuído em 1924 em homenagem ao fundador do império soviético, para o nome que a cidade possuíra entre a fundação (em 1703) e 1914 revestia-se de um inegável significado político. De um significado político menor, mas ainda relevante, fora a opção pelo nome germanizado original da cidade, e não a versão eslava, Petrogrado, que fora usada entre 1914 e 1924. Era uma sugestão de retorno à faceta mais europeia da identidade russa. Porém, se hoje se pode fazer um balanço destes últimos trinta anos, o retorno do nome original da cidade que fora a capital dos czares, prometia na altura muito mais da evolução da Rússia do que aquilo que hoje é constatável com a presença no Kremlin em Moscovo de um déspota oriental clássico como Vladimr Putin.
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