O que é óbvio neste episódio da nomeação de Pedro Adão e Silva para o «fofíssimo» cargo de comissário executivo para as comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, é que quando a crítica é tão certeira, não há como a refutar, e a única técnica que resta a António Costa é armar uma «cena de teatro» a fingir-se ultrajado, para que não tenha de dizer nada de concreto sobre o assunto. Isso é o óbvio. O lado caricato do episódio é pensar no que se seguiu, e identificar quem saiu em apoio de Pedro Adão e Silva, e quem o está a criticar, e cruzar essa lista com aquela que se formou aqui há dois anos, a pretexto da nomeação de João Miguel Tavares para presidir à comissão organizadora das comemorações do Dia de Portugal em 2019 (abaixo). Ainda nem toda a gente se manifestou desta vez, mas as duas listas parecem um quase perfeito negativo fotográfico uma da outra - quem apoiava agora crítica, quem criticava agora apoia. É tão previsível o tribalismo das opiniões que se ouvem por aí, que transformam os humoristas nas pessoas mais sérias do palco.
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