04 agosto 2020

...ESSA É QUE É UMA GRANDE VERDADE...

Em jeito mais sério do que o do INIMIGO PÚBLICO, registo que Jorge Coelho nesse seu último programa de despedida, admitiu a certa altura que ainda bem que perdera no 25 de Novembro de 1975, quando estivera do "outro" lado. E é uma pena que, ao contrário dele, não haja outras figuras mediáticas mais "compostas" que Coelho (estou a pensar em Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da AR, mas há várias outras mais...) que façam o mesmo juízo e aquela mesma contrição, em vez de fingirem que os seus "outros" tempos de militância radical nas UDP, MES, PRP, MRPP ou aparentados, fosse o equivalente a uma filiação juvenil no "clube das pastilhas pirata"! Só lhes robusteceria a credibilidade, as essas figuras que hoje exalam respeitabilidade, o reconhecimento que nesses tempos estiveram enganados quanto a princípios bem fundamentais do convívio político - por exemplo, a constatação de que uma «democracia popular» nunca foi popular nem nunca foi democrática... Como certamente diria Jorge Coelho: «essa é que é uma grande verdade...»

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