A 9 de Março de 1916 a Alemanha declarava guerra a Portugal. Vale a pena reconhecer quanto os alemães teriam as suas razões para estar aborrecidos connosco: a 17 de Fevereiro o governo português apreendera várias dúzias de navios alemães que se haviam refugiado em Portugal quando da eclosão da Guerra no Verão de 1914. Actualmente já superámos a fase em que lhes podíamos apreender as coisas que eles pudessem ter por cá mas as relações luso-alemãs continuam anão ser a de uma paz normal como qualquer outro país europeu, pois há entre os seus responsáveis quem não mostre complexos nem inibições em manifestar as suas preferências sobre quem deve conduzir a nossa política interna. E quem por cá, não se canse de lhes dar eco.
A sabujice a que Maria Luís Albuquerque se prestou na ocasião retratada, nas devidas proporções, lembrou-me a dos colaboradores dos alemães nos territórios ocupados durante a II guerra mundial, a de gente do calibre menor mas fanático de um Mussert, Quisling ou Szalasi…
ResponderEliminarA intenção aqui é ir um pouco para além disso, de quem por cá faz eco das opiniões estrangeiras. Verifique as duas últimas ligações do texto, a artigos do Observador e, caso tenha idade (como suspeito), compare-as em devoção com as que se podiam ler em O Diário quando este jornal transcrevia os despachos da agência TASS...
ResponderEliminarO tom acrítico, completamente engajado pelo fanatismo ideológico, é de facto idêntico àquele que, a seu tempo, o jornal que se regia pelo mote (no caso, involuntariamente irónico) “A verdade a que temos direito” costumava demonstrar…
ResponderEliminar