Há vezes em que é incompreensível porque é que um espontâneo se decide a saltar para a praça para lidar o touro sem estar preparado para tal. Foi o que aconteceu metaforicamente a semana passada com Alfredo Barroso, quando se decidiu a sair em defesa do filho do primo João mais as insinuações quanto ao emprego que o primo arranjara na CML, qualificando de maldição implacável a condição de se pertencer à família Soares. Nesta metáfora, o redondel é a caixa de comentários que se segue ao artigo e as cornadas são os comentários lá postados por quem contestou mais do que veementemente o estatuto de maldição a circunstância de eles fazerem parte do clã Soares, um clã reputado por não tratar propriamente mal aqueles que a ele pertencem. Quem os vê de fora não perceberá as desvantagens de pertencer a tal clã, como que numa simetria às célebres dificuldades de compreensão de Maria Antonieta, quando sugeria ao povo que, à falta de pão, comesse brioches. O desfecho é previsível, salvo para o próprio. Alfredo Barroso é destratado, insultado, descomposto mas o que é pior é que, no final, mesmo naquele estado lastimável, não sobrará nos leitores qualquer simpatia com o escorneado no meio da arena, tamanha foi a obtusidade e a estupidez...
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