O absurdo mediático tem levado a que se fale muito mais de Varoufakis do que de Tsipras por essa Europa fora. Mas o que é mais ridículo nem sequer é a assumpção generalizada dessa pretensa subversão da importância dos governantes gregos; é que pertencendo eles a uma União Europeia com 28 estados membros, tenho a certeza que mais de 99% daqueles que têm apreciado de uma forma ou doutra – positiva mas sobretudo negativamente – a conduta do ministro das Finanças da Grécia não conseguirão nomear à queima-roupa muito mais do que três dos vinte e sete homólogos europeus de Varoufakis – incluindo nessa contagem tanto opinadores que não sabem a ponta de um corno sobre aquilo que escrevem, caso acabado de António Ribeiro Ferreira, como intelectuais com o "prestígio" de Rui Ramos. Comecem por Maria Luís Albuquerque e deduzam quantos conseguirão chegar a saber nove nomes de ministros das Finanças europeus - e isso é apenas ⅓ do total... Ou Varoufakis é excepcional ou a atenção que lhe dispensam é um disparate.
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