Não sei quantos ainda se recordam de Miguel Gonçalves, que ficou conhecido por ser a face de uma certa ideologia do empreendedorismo deste governo. Neste vídeo acima, num programa Prós e Contras (RTP) transmitido nos finais de 2011, recordamo-lo a usar uma expressão que teve sucesso imediato e destinada a uma ampla repercussão: bater punho. E depois há a história que nos é contada no Jornal de Notícias de ontem, a de uma sexagenária empreendedora, que não nos é impossível imaginar a ver o tal programa com Miguel Gonçalves, e que, talvez inspirada por ele, terá vislumbrado um negócio onde se dispensaria que o punho fosse batido ou então que a tarefa fosse atribuída a uma assistente que o batesse com o dela. Para o efeito, de acordo com a descrição do Ministério Público na notícia, a visionária terá dividido o segundo andar da sua residência em duas zonas distintas. A actividade, segundo a acusação, terá funcionado entre Janeiro de 2012 e Dezembro de 2013. Pena que os procuradores não se tenham imbuído do espírito empreendedor que Passos Coelho, Miguel Relvas, Vítor Gaspar ou Carlos Moedas quiseram incutir no nosso país e pegaram na velhota e, num rigor legal a fazer lembrar os juízes do tribunal constitucional, levaram-na a tribunal, acusada de lenocínio...
Sem comentários:
Enviar um comentário