04 março 2015

DO JORNALISMO À POLÍTICA: UMA ANÁLISE INTEGRADA DA MEDIOCRIDADE

Na notícia acima, da responsabilidade da Antena 1, exibe-se um exemplo milionário do rigor e do brio profissional dos jornalistas portugueses. Quem perceba um mínimo do assunto em notícia, aperceber-se-á que há algo de bizarro nela. Mesmo que dois milhões de euros sejam um valor importante individualmente, é estranho que Ana Gomes não identifique o indivíduo ao qual quer pedir esclarecimentos sobre a proveniência dessa importância aplicada em certificados de aforro. Mas não. O equívoco deslinda-se com a audição da notícia - afinal, trata-se da Antena 1! - e os dois milhões são afinal dois mil milhões, quem redigiu a notícia parece desconhecer o impacto que esses três zerinhos a mais poderão ter no conteúdo do que aparece ali (mal) escrito. Mas isso é apenas incompetência por falta de rigor. Há que somar-se a incompetência por falta de brio. Entretanto houve um comentador que, já há mais de um dia, chamou a atenção para o erro, que se perpetua galhardamente, pois não haverá ninguém do corpo de redacção da Antena 1 preocupado em ler o que se comenta. Pode ser que, para variar, alguém escreva algo importante para a rectificação do conteúdo das notícias...

Num ecossistema destes, com erros tão grosseiros que se perpetuam por tanta negligência, chega-se já cansado às dúvidas a respeito da substância da notícia, o momento de perguntar a Ana Gomes porque é que, a respeito de esquemas de branqueamento de capitais, ela deposita na comissão europeia e no banco central europeu, a confiança que nega ao governo do seu país. São os pergaminhos do presidente da comissão Jean-Claude Juncker que a tranquilizam?... Ou será questão de estilo, daquele género de mulher que, numa discussão doméstica, berra e parte alguns pratos, para ter a certeza que a vizinhança acompanha a desavença?

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