É, de certo modo, reconfortante encontrar uma notícia em que a lavagem de dinheiro de um esquema de corrupção ainda se processa daquela forma tradicional e ridiculamente primitiva - com as fortunas legitimadas por consecutivos prémios alegadamente ganhos na lotaria, como terá feito um construtor civil espanhol que a terá ganho - à lotaria - por oito vezes em dois anos!. Os esquemas modernos tornaram-se muito mais sofisticados e difíceis de investigar, lembremo-nos por exemplo - e remetendo-nos apenas a casos já transitados em julgado... - da conta que Isaltino de Morais possuía num banco suíço conjuntamente com a irmã e o sobrinho, e das dificuldades havidas em destrinçar o que é que pertencia a quem. E isso era um caso de família, imagine-se quando envolve amigos muito chegados.
Não estou certo de que aqueles que recorrem a esquemas modernos e sofisticados não utilizem também formas mais antigas. Até há quem antes da lotaria tenha recorrido a simples batatas...
ResponderEliminarUi, a história das batatas é muito antiga, contemporânea das fortunas arrecadadas com muitos prémios de lotarias e de contas na Suíça detidas pelo verdadeiro titular. Um Mobutu Sese Seko do Zaire, por exemplo, tinha as contas, as moradias, os aviões em seu nome, por muito que o nome fosse esquisito, não se dissimulava atrás de "off-shores"...ou da filha.
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