Confesso que passei algum tempo indeciso, sobre se havia ouvido apropriadamente a opinião da ministra das Finanças. Mais do que um disparate completo, com a intervenção a que acima se assiste naquela comissão parlamentar, ela estava a rasgar horizontes, a criar doutrina, uma de desresponsabilização da hierarquia pelos actos dos subordinados, da inimputabilidade do poder político, a do chefe-que-é-chefe-porque-está-desenhado-no-quadradinho-de-cima-do-organigrama. Talvez porque se tratasse de doutrina a novidade terá passado ao lado dos comentadores-de-fim-de-semana-do-costume-que-também-não-podem-estar-em-todas, até ver a minha perplexidade finalmente partilhada pelo editorial de ontem do Público (abaixo).
Diante disto pode sussurrar-se em surdina pelos bastidores do PSD que Maria Luís Albuquerque até poderá ser um asset promissor para o futuro do partido? Fazendo-a dizer coisas destas e ela sem perceber o que está a dizer? Ou percebendo, o que será ainda pior? Foda-se.
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