A síntese do artigo de opinião que José Manuel Fernandes acabou de publicar no Observador é um exemplo acabado de quem pretende dirigir-se-nos de cátedra mas que falhou no exame para catedrático:
a) É que a Passos Coelho não lhe falta apenas pedir desculpa: é preciso que as desculpas sejam aceites.
b) É que o problema político não será apenas o da perda da sua autoridade: é que, ao contrário do que ontem se noticiava naquele mesmo jornal a respeito da perda de popularidade do governo grego, a autoridade de Passos Coelho já quase não existe.
c) E finalmente ninguém parece ter confundido a gravidade do caso com outros escândalos: é o próprio José Manuel Fernandes que estará a confundir importâncias, não a do caso e dos escândalos mas a dos protagonistas, porque, que se saiba, nem Ricardo Salgado, nem José Sócrates desempenham hoje quaisquer funções oficiais ou outras. Ou não será?...
Tempos difíceis estes, para os opinadores do Observador em que, ao contrário do voluntarismo de José Manuel Fernandes, se torna preferível esquecer (e deixar cair) Passos Coelho para assestar baterias em António Costa, como se constata abaixo:
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