A notícia acima, publicada ontem no Público só exibe toda a sua piada irónica quando a cruzamos com um poste que aqui publiquei vai para três anos. Intitulava-se O Triste, o epíteto era dedicado ao secretário regional das Finanças madeirense, Ventura Garcês, e o episódio ali narrado era o ataque cerrado que o ministério das Finanças e o seu titular, Vítor Gaspar, havia dedicado à notória indisciplina orçamental daquela região autónoma e a vontade de levar a acção às últimas consequências (sublinhados acima a vermelho). E eu entusiasmava-me com aquele aparente início de uma introdução de moralidade nas execuções orçamentais. E é assim que é descoroçoante descobrir-se três anos passados como o martelanço das contas, apesar de constatado (sublinhados a laranja), não é situação que possa envolver responsabilidade criminal (sublinhados a amarelo). As Finanças centrais terão deixado de insistir em sanções e também o Ministério Público local optou pelo arquivamento do caso. Simbólica e significativamente é Ventura Garcês que continua em funções e Vítor Gaspar que desistiu, sem moral, restando apenas a ideologia. Vale a pena dizer mais para comprovar que os tristes aqui somos todos nós?...
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