Não foi apenas de um ou dois (ditos) analistas da situação política que ouvi a antecipação de que iria existir necessariamente um demorado e custoso processo para sanar as divergências entre socialistas após as eleições internas. E aí, vale a pena referi-lo, o professor Marcelo, experiente da facilidade como alcançou as maiorias de ⅔ que solicitara ao PSD (e do seu valor quando delas precisou...), revelou-se profeta: a perspectiva de chegar ao poder seria como um afrodisíaco para a unidade partidária. Os dias que se seguissem às directas seriam suavíssimos. E tinha razão. A esmagadora maioria dos derrotados só aspira agora a passarem desapercebidos para ressurgirem mais tarde. E parece haver mais tensão na partilha dos despojos concedidos por Costa à minoria do que na atitude destes últimos contra os que lhes arrebataram o poder interno no partido em 28 de Setembro último.
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