A cidade é Nova Iorque e o ano é 1944. No Mundo lá fora a Segunda Guerra Mundial ainda decorria embora o seu fim já aparecesse em vista quando Fred Stein se decidiu fotografar um dos cartazes de publicidade afixado numa das paredes de um dos bairros pobres da cidade. E que publicidade! A um creme branqueador baptizado NADINOLA que possuía a virtude de fazer os pretos parecerem menos pretos. Se há fotografia que exiba um racismo vincado, na sua subordinação implícita da estética de uma minoria à da maioria, é esta. 70 anos passados, e mesmo que seja um brother a ocupar a presidência, o que se terá alterado substantivamente foi o conteúdo da mensagem publicitária e a discrição da venda, que a procura continua dinâmica num mercado mundial em crescimento continuado, que se prevê atingir os 8.000 milhões de € em 2015 e duplicar essa cifra até 2018. Os mercados mais promissores situam-se agora na Ásia, China, Japão ou Índia, nada incomodados com as correcções políticas ocidentais: naquelas sociedades a pele clara é mais bonita que a pele escura! E porque estas investigações são sempre enriquecedoras – bendita Wikipedia! – permitam-me acrescentar que descobri que na actividade existem até (literalmente...) nichos de mercado: a famosa exiguidade dos fios dentais e de outros trajes de banho no Brasil faz com que naquele país haja uma desmesurada preocupação estética dedicada ao clareamento do olho do cu...
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