Quando aprendi qual o significado do dinheiro e a identificá-lo, a nota de mil escudos com a efigie de D. Maria II era a de maior valor em circulação. Por causa dessa importância, durante alguns anos subentendi que aquela rainha tivera uma relevância na História de Portugal que posteriormente o estudo veio desmentir. O estudo, mas também a descoberta que os modelos das notas de banco eram substituídos regularmente. Uma imagem marcante associada a esta nota remete-me para os meses de Agosto e o retorno dos emigrantes de férias, a sua chegada à fronteira de Vilar Formoso, onde, depois dos câmbios obrigatórios, era vê-los a brandir notas destas para pagar um café - que custava 1$50.
Ao tempo, pouco antes e pouco depois do 25 de Abril, o que eu achava graça nestas notas - e também às de quinhentos escudos com a efígie de D. João II - era o ar de limpeza praticamente imaculada que as mesmas ostentavam, fruto da sua escassa circulação fora do sistema bancário, em razão do nível geral dos salários e preços que então vigoravam.
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