Em 1964, com
o filme Zorba, o Grego, ter-se-á criado uma imagem global popular dos gregos, que era
personalizada pela figura desenrascada de Zorba, um grego simples e
entusiasmado, que dançava uma música tradicional que não tinha tradição alguma,
que era representado no filme por um actor de ascendência mexicana que era por sua vez dirigido por
um realizador cipriota.
As filmagens
tiveram lugar na ilha de Creta e, por coincidência, nessa mesma ilha e nesse mesmo ano, podem-se
apreciar estas outras imagens dessa mesma população local, como estas três velhas
cretenses então fotografadas por Irving Penn, num registo diferente ao do lugar-comum
das pessoas retrogradamente acolhedoras em paisagens turisticamente encantadoras.
Os gregos podem não se adequar ao formato bilhete postal: anos depois (1968) aprecie-se mais outra fotografia (de Ron Galella) de um outro grego famoso, Aristóteles Onassis. Ao contrário de
Zorba, Onassis não era simples nem simpático, e a fotografia que o mostra como
o Monstro que acompanha a Bela, não parece perdoar a um grego a ousadia do seu casamento com a viúva de John Kennedy.
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