No mesmo dia em que o ministro das finanças português afirma no nosso parlamento
que não existe qualquer margem de manobra negocial com a nossa troika, o seu homólogo
grego anuncia no parlamento dele ter concluído algumas negociações com a troika deles,
que resultaram, entre outras consequências, na prorrogação por mais dois anos do prazo de cumprimento do seu programa de ajustamento. Até se pode considerar não ser do nosso
interesse receber uma prorrogação idêntica à conseguida pela Grécia mas, perante
a coincidência e conhecendo-se a situação financeira relativa dos dois países, só se pode concluir ter
havido uma colossal manipulação da descrição da nossa posição negocial versus os representantes dos nossos credores. Enquanto Vítor Gaspar, que nos qualificou como o melhor povo do mundo, parece descobrir em nós cada vez mais virtudes, nós descobrimos nele cada vez mais defeitos...
Muito bem analisado. E uma conclusão do mesmo teor.
ResponderEliminarLS