O que mais dá a sensação de PREC à situação actual (quem queira (re)absorver
o espírito da época, clique, amplie e leia este artigo emblemático acima de Maio de 1975)
é esta reencenação desse mesmo estilo de argumentação, de que para a resolução da crise do endividamento (em vez da batalha da produção…) não existem alternativas
às duas posições extremas: ou a aceitação global das exigências da troika (outrora era o
socialismo) ou a sua denúncia com consequências apocalípticas (outrora o fascismo). O
facto dos papéis da esquerda e direita se terem genericamente invertido só acrescenta
um pouco de travo irónico à comparação. Aliás, as fronteiras de antigamente
traçavam-se entre a esquerda democrática e a outra, minoritária, que não o era e as de hoje separam a direita social da
outra, minoritária, que não o é. Nesta reconstituição, o que não consigo identificar é quem se possa
equiparar em moderação e capacidade de acção política ao grupo dos nove…
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