É bom saber que nestes tempos de crise ainda há actividades que se aguentam. A figuração televisiva é uma delas. Não será ocupação para muitos,
apenas para umas escassas dúzias que para lá vão dispostas a reagir em uníssono
de acordo com as vontades da realização, onde o importante é que elas interajam
com os protagonistas de acordo com aquilo que a realização espera que mais agrade
à audiência do programa.
O trabalho pode ser ingrato para os produtores
independentes: há que estudar o programa de deslocações do primeiro-ministro,
ter tudo montado com antecedência antes da sua chegada, para uns míseros segundos de palavras de ordem, assobios e assuadas. E só vale a pena enquanto o gesto não se
banalizar perdendo importância noticiosa. Como o facto de Manuel Luís Goucha
ter sido aplaudido depois de entrevistar Lili Caneças…
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