Pela maneira como a The Economist coloca a pergunta sobre que resultados se podem esperar da iniciativa diplomática do presidente francês Emmanuel Macron, percebe-se o quanto depositam poucas esperanças nela. Se a iniciativa diplomática foi do francês - armado mais uma vez em representante da Europa sem ninguém lhe ter passado procuração... - então a lógica para avaliar essa iniciativa seria a de, na revista, perguntarem-se se Emmanuel Macron conseguiria dar a volta a Xi Jinping. Se a conduta da China poderá, em consequência da visita, tornar-se verdadeiramente mais neutral do que tem sido até agora. Ora o título escolhido põe a questão ao contrário: pergunta se o chinês vai dar a volta ao francês... Neste género de artigos, mesmo que eu tenha uma opinião e uma expectativa pré-formada (e aqui tenho: o primeiro-ministro espanhol passou por Pequim a semana passada e nada conseguiu), o que dispenso é um articulista cuja opinião é óbvia de antemão, mas a disfarçar-se de analista equidistante.
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