9 de Abril de 1973. Destacamentos de três unidades de elite das forças armadas israelitas (Sayeret Matkal, Sayeret Tzanhanim e Shayetet 13*) realizam uma operação clandestina em Beirute, capital do Líbano. O seu alvo eram várias instalações da OLP que aí se localizavam, assim como três quadros da organização que aí residiam, numa operação de retaliação pelo que acontecera nos Jogos Olímpicos de Munique, sete meses antes. A coberto da noite, os soldados israelitas chegaram à área portuária de Beirute em barcos de borracha que haviam saído de lanchas rápidas estacionadas a 12 milhas ao largo. À chegada eram aguardados por agentes do Mossad que haviam alugados previamente carros para os conduzir até aos seus alvos e para depois os trazer de volta aos locais de desembarque para a extracção. Como em todas as operações do género, por maior que seja o treino, os intervenientes são confrontados com situações inesperadas. No computo global, os três dirigentes da OLP inicialmente visados foram abatidos, mas também terão morrido outras cinquenta pessoas, incluindo dois israelitas, três polícias libaneses e ainda quatro civis, um deles italiano. No filme Munique (2005) aparece uma reconstituição do ataque (acima). As imagens reais recolhidas pelos jornalistas no dia seguinte (abaixo) são bastante menos glamorosas.
* Informação precisa, no estilo de Nuno Rogeiro, mas absolutamente supérflua para a narrativa e para quem não se interesse minimamente pela designação dos corpos de elite das forças armadas de todo o mundo.
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