O que é deplorável na conduta política de Ana Catarina Mendes é a forma descarada como aparece a mentir: «os município» terão sido «ouvidos» quanto ao plano governamental para a habitação, mas o que se retém dessa audição é que o governo ignorou as suas opiniões (aqui, a partir dos 06:10, os presidentes das câmaras do Porto, Lisboa e Oeiras a demarcarem-se das medidas governamentais). Ou como Ana Catarina Mendes aparece a tentar demarcar-se das manobras sórdidas de bastidores em que se ficou a saber que se envolvera, no caso da reunião «secreta» prévia com os parlamentares do PS, antes da formal que se seguiu com todos os partidos. Foi-lhe «solicitado», mas esquece-se de nos dizer quem o solicitou. Mas o que é verdadeiramente deplorável nestes episódios recorrentes é a impunidade de que Ana Catarina Mendes goza da parte da comunicação social, como se a sua falta de ambição de chegar mais alto no aparelho socialista servisse de deflector a apontar-lhe os seus erros de conduta.
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