Nunca se ganhou tanto dinheiro na saúde privada como com o Governo da António Costa. O problema do SNS não é nenhum CEO que vai resolver.
Depois do postal de Paulo Rangel de há três dias, cá temos outro, fortíssimo no diagnóstico, desta vez da autoria de Luís Montenegro, que eu subscrevo inteiramente. Aquele artifício do colocar um CEO a dirigir a saúde pública não parece augurar grandes resultados. Tanto mais que o protagonista - o CEO Fernando Araújo - parece estar a precipitar um antagonismo norte-sul no aparelho administrativo da saúde, aquele género de atitude que conduz a desfechos sempre imprevisíveis (Pinto da Costa deu-se e dá-se bem; mas Belmiro de Azevedo deu-se mal). Mas adiante, para lembrar que a questão que Luís Montenegro levanta e o diagnóstico (correcto) que ele formula - que os grandes problemas não se resolvem com homens providenciais - também se aplica ao seu caso, quando se apresenta para dirigir o país em substituição de António Costa. Mais uma vez para recordar o quão impreparado ele está para resolver seja o que for, já que ele não tem qualquer experiência governamental prévia. Isso pode não ter qualquer importância para o universo laranja (o aparelho do PSD); mas para o país a sério tem. Já bastam os disparates que Pedro Passos Coelho - que estava nas mesma condições de impreparação - cometeu quando chegou ao poder em Junho de 2011.
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