16 de Fevereiro de 1923. Numa entrevista ao Diário de Lisboa, o ministro Domingos Pereira descrevia a futura ponte sobre o Tejo(!): uma das maiores do mundo, 16 arcos por onde poderiam passar os maiores navios... A questão que destoaria desta magnífica visão futurista do Tejo era a pasta sobraçada pelo ministro visionário: a dos Negócios Estrangeiros... O que é dificilmente compaginável com um anúncio tão empolgado de uma grandiosa obra de construção civil... Valha a verdade que, para compensar e sobre o destino de João Chagas (que era o ministro plenipotenciário em Paris), aí Domingos Pereira acertou em cheio: João Chagas não estava mesmo disposto a sair!
Porém, na edição do dia seguinte (17 de Fevereiro), aquele mesmo jornal publicava uma notícia onde era evidente o cepticismo quanto à exequibilidade da obra que arrebatara na edição anterior o ministro Domingos Pereira. Era a versão de há cem anos do polígrafo...
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