23 fevereiro 2023

ESTIMULAR A MEMÓRIA DOS LEITORES/OUVINTES DO OBSERVADOR

Neste exercício de noticiar sondagens e dar-lhes dos resultados a interpretação que for mais conveniente para os propósitos políticos de quem noticia, há que ter cuidado para não abusar do método e da (falta de) memória dos leitores. Ou bem que as sondagens têm um valor intrínseco, e as conclusões que delas eles (os da comunicação social) querem extrair são para ser comparadas, ou bem que não. Se não, então toda o conteúdo da notícia terá que ser considerado hipotético, o que não costuma ser o caso. Não é o caso do Observador que noticiava a 25 de Janeiro que o PSD estava à frente do PS pela primeira vez desde 2017 (acima). Em rigor, se o PSD estava à frente do PS deixou de estar, porque a sondagem que o mesmo Observador noticiou ontem dá-os em empate técnico. E não faz qualquer sentido noticiar que houve mais uma queda dos socialistas (abaixo). Então eles já não tinham caído tanto em Janeiro que já haviam sido ultrapassados pelo PSD?... Pela lógica das sondagens e, se os socialistas agora estão em empate técnico com o PSD, então é porque recuperaram simpatias neste último mês. Ou então, lá no Observador já nem se lembram do que haviam noticiado aqui há um mês, a propósito da sondagem anterior...

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