Se algo tenho por certo, nesta era em que tudo se sabe logo depois de acontecer, é que as notícias de quem vai morrendo funcionam como aquela velha história do papel higiénico, que nunca se separava pelo picotado. Todos os dias sou bombardeado com a notícia da morte de pessoas que nunca soube o que haviam feito enquanto estiveram vivas, com uma ou outra excepção pontual. Aceitar-se-ia esse bombardeio por excesso, não se desse o caso de, apesar desse bombardeio de nomes desconhecidos, me escaparem com regularidade irritante os óbitos de pessoas que verdadeiramente me interessam, como foi o caso, bem recente do desenhador francês de BD Jean Graton. E é o caso agora de George Shultz, falecido anteontem, e que eu aqui tão recentemente invocara, a propósito do seu 100º aniversário.
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