Há cem anos, o Xá da Pérsia chamava-se Ahmad, tinha 23 anos, era o sétimo soberano da dinastia Qajar, que reinava na Pérsia desde os finais do século XVIII (1789), e tinha o aspecto que a fotografia acima exibe. Em 21 de Fevereiro de 1921 os habitantes de Teerão foram acordados por tiros de canhão e pelo ruído de botas militares marchando pelas ruas. Sem terem encontrado grande resistência, os cossacos, a unidade de cavalaria de elite do exército persa, formada à semelhança de unidades idênticas do grande vizinho russo, acabara de tomar o poder na capital. Depois de se afixarem cartazes por toda a cidade proclamando a lei marcial, as tropas detiveram algumas dezenas de personalidades políticas de destaque. Os homens fortes do golpe eram o militar Reza Khan, comandante dos cossacos e o civil Seyyed Zia, jornalista. Tratava-se de um render da guarda, uma nova geração a chegar ao poder. Mas a pessoa do Xá era tão irrelevante que os golpistas nem se incomodaram a depô-lo. A primeira disputa séria foi entre a ala militar e a ala civil dos golpistas: Reza venceu e dali por três meses, em Maio de 1921 Seyyed Zia era exilado. Mas foi só em Dezembro de 1925 que Reza assumiu o título de Xá, em substituição de Ahmad.
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