4 de Fevereiro de 1961. Um grupo de várias dezenas de nacionalistas angolanos, conotados com o movimento que viria a ser conhecido por MPLA, procede a um ataque coordenado à vários objectivos na cidade de Luanda: a sede dos CTT, uma cadeia de uma esquadra policial, a casa de reclusão militar, estes dois últimos objectivos com o objectivos de proceder à libertação de alguns dos reclusos que ali se encontravam. A acção saldou-se por um fracasso total: nenhum dos objectivos foi conquistado, nenhum dos presos foi libertado, os atacantes sofreram baixas significativas mas que nunca foram contabilizadas com rigor. Entre os defensores contaram-se sete mortos. O episódio, irrelevante como se percebe do ponto de vista prático, veio a adquirir um valor simbólico - o aeroporto de Luanda denomina-se hoje 4 de Fevereiro em atenção à data, por exemplo - porque através dele o movimento MPLA se permitia estabelecer a precedência sobre a sua rival FNLA no que concerne ao desencadear da luta armada para a independência de Angola. Simbologias à parte, do ponto de vista operacional militar esta acção foi a primeira... de mais nenhuma pois, como já aqui expliquei no Herdeiro de Aécio, nunca houve acções de terrorismo urbano em Angola, ao contrário de outros casos similares, como o argelino.
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