Na América, eles têm o professor Allan Lichtman (mais acima), o homem que não falhou uma previsão das eleições presidenciais americanas desde 1984, incluindo a surpresa da última de 2016. Em Portugal, nós temos o professor João Marques de Almeida, que não acerta uma, nem consegue embarcar num projecto político viável desde 2004. À sua maneira, também é muito bom para se prever. Nas suas últimas previsões, o professor Lichtman antecipa que será Biden a ganhar as eleições presidenciais de Novembro próximo. Na sua última crónica (acima), também o professor Marques de Almeida mostra as suas inclinações a favor de Biden. Aparentemente, há uma sintonia de opiniões entre os dois professores. Só que as coisas não funcionam assim: aquilo que notabilizou o professor Marques de Almeida é precisamente a sua completa falta de argúcia, tanta que se pode apostar que, quando ele antecipa algo ou apoia alguém, acontece precisamente o contrário - veja-se abaixo uma amostra dos seus fiascos. Neste nosso feitio lusitano rebuscado de pensar, pobrezinho, não tendo dinheiro para bons profetas, fazemos fé nos não-profetas, os que se enganam garantidamente. Perceba assim o leitor a minha perplexidade, perante esta concordância aparente que se vem a revelar uma contradição prática insanável quanto ao desfecho das eleições presidenciais americanas. Eu bem sei que o professor Lichtman é que é o americano, mas o professor Marques de Almeida também é muito forte em política externa: apreciem aquela penúltima previsão dos princípios de 2018, em que ele arrumava com Angela Merkel...
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