24 de Outubro de 1960. Ocorre no Cazaquistão um dos mais graves desastres da história da astronáutica. Quando uma equipa de cientistas soviéticos procedia ao ensaio do foguetão R-16 - que viria a ser o seu primeiro míssil balístico intercontinental (ICBM) - este explode inesperadamente ainda na rampa de lançamento. Tão impressionante quanto as imagens e a magnitude do desastre - que pode ser visto no vídeo abaixo - foi o véu de silêncio que se abateu à sua volta. Oficialmente, foi preciso chegar à era de Gorbachev, quase 30 anos depois, para que alguns dos factos vieram a ser reconhecidos. O número de vítimas mortais nunca veio a ser estabelecido com precisão - entre 60 e 150 mortos e um número indeterminado de feridos com queimaduras. Uma grande maioria das vítimas eram quadros técnicos qualificados. Num gesto merecido, o acidente é hoje conhecido pelo nome do oficial general responsável pelo programa que, tendo sido uma das vítimas da explosão, foi também o responsável máximo por ela ter acontecido, ao forçar o ritmo dos ensaios e negligenciando com isso vários aspectos de segurança que estiveram por detrás da catástrofe.
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