Se fosse possível - o que não é... - observar a situação política dos dois partidos da direita com distanciamento, o que pessoas como João Miguel Tavares estão a defender ali em cima é que, tendo sido ambos apanhados (e não por culpa própria...) com as «calças na mão» em relação a umas eleições resultantes de uma crise política, o melhor é não ter «vergonha» e concorrer com as «calças em baixo» (quiçá a mostrar o «material»?). Eu quis esquecer o elenco de pessoas (tirando Paulo Portas que é um vigarista com o qual embirro) que, na última vez que houve eleições antecipadas (2011), se insurgiu com a morosidade dos procedimentos em Portugal para a marcação de eleições em caso de dissolução da Assembleia da República. Dessa vez tomou 65 dias e os dois partidos da direita estavam com uma sede de ir ao pote depois do colapso do governo minoritário de Sócrates. Desta vez, João Miguel Tavares acha bem uns 90 dias, talvez um bocadinho mais. Paulo Rangel, que é parte interessada, não diria que não a uns 120 (número redondo: dez dúzias). Deixou de haver pressa. A minha vergonha é a alheia, por esta completa falta de coerência dos argumentos de João Miguel Tavares e de tantos outros como ele.
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