A verdadeira espiral recessiva ocorre quando os sectores menos produtivos de uma sociedade são privilegiados em detrimento dos sectores produtivos, conduzindo os segundos a uma asfixia que faz cair investimento e receitas fiscais. É em grande medida por isto que, durante a governação PSD/CDS, a espiral recessiva (...) nunca chegou a acontecer: por entre a voracidade fiscal (...), houve uma mensagem coerente, que levou à retoma do investimento, e uma aposta clara (...) nos sectores capazes de fazer entrar dinheiro no país.
Reflexão surgida num blogue vizinho, a cavalo de um trecho de um texto de Rui Ramos e a propósito da criação do que poderá ser uma taxa majorada de IMI para proprietários de imóveis de valor superior a meio milhão de Euros. Os ricos designam-se agora por sectores produtivos por contraste com os pobres que são os sectores menos produtivos.
Nestas novilínguas que só a adesão incondicional a uma ideologia pode gerar, conheço sobremaneira as inventadas por George Orwell, caso d'A Quinta dos Animais (acima) mas os dias de hoje parecem-me criar a necessidade do aparecimento de um outro génio que nos descreva com igual mestria a prequela da famosa obra, como havia sido aquela quinta quando gerida pelos homens, qual a terminologia que usavam, explicando por que razão, apesar da qualidade dos sectores produtivos, os animais se haviam revoltado e tomado o poder...
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