21 maio 2016

PORQUE É QUE UMA BOA NOTÍCIA NÃO É UMA NOTÍCIA BOA

Há uns três meses a revista Fortune publicou um estudo sobre a popularidade das companhias aéreas de todo o Mundo baseado no conteúdo do que se tweetava a seu respeito. O artigo da Fortune destacava sobretudo a (má) prestação das companhias norte-americanas, que eram cinco das dez transportadoras mais impopulares. Um efeito colateral do estudo é que havia, no outro extremo do espectro, as dez transportadoras das quais se tweetava mais elogiosamente. E aí aparecia em quarto lugar a TAP. Convém agora destacar previamente a excepção constituída pela TSF que, na indústria da tradução do que se publica no estrangeiro a nosso respeito, cumpriu, noticiando a boa classificação da companhia aérea portuguesa. Mas parece ter sido a única. Não houve aquela tradicional manada de notícias oriundas de cada um dos órgãos de comunicação social portugueses dizendo todas o mesmo. Porventura porque o conteúdo era elogioso mas também talvez porque as Relações Públicas da TAP andariam a dormir na forma. O que a experiência nos assegura é que, figurasse a TAP na lista das companhias mais criticadas, e era garantido que a ressonância da notícia teria sido completamente diferente. Esta coisa de nos flagelarmos pode ser o nosso Fado, mas o nosso jornalismo, e para continuar a metáfora, é uma grande guitarra...

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