15 maio 2016

HAVIA OS DA BOLA, MAS ESTES AGORA SÃO OS «CROMOS» DA FINANÇA


Depois da celebrada e tristíssima figura de Zeinal Bava no parlamento o ano passado, é de toda a justiça assinalar agora os seus esforços para recuperar a famosíssima memória perdida por ocasião das interrogações (pertinente) que se colocarão sobre o destino de 18,5 milhões de um saco azul dos Espírito Santo entretanto descoberto. Não foi preciso Mariana Mortágua açoitá-lo verbal e sarcasticamente para que, neste caso, Zeinal Bava se lembrasse logo do que acontecera ao dinheiro, uma proeza de memória presente visando que e transitando o dinheiro por contas em seu nome, não ficasse ele com a reputação de ter ficado com eles - os milhões - por conta de outra proeza de memória passada, a de não se conseguir lembrar de nada de relevante durante a famosa sessão parlamentar...
O pior é que, mesmo nesta forma espontânea que o declarante pretenderá benigna, e por muito que a manipulação do dinheiro se esconda por detrás de expressões pomposas (mas inócuas) como a título fiduciário, o esquema mostra uma cumplicidade com um grupo de altos quadros de uma das empresas accionistas da PT a merecer, no mínimo, explicações adicionais. Ou, como diria a minha avozinha indignada que, como Jesus Cristo, não percebia nada de finanças nem consta que tivesse biblioteca: isto só visto, porque contado ninguém acredita...
Adenda de dia 20/05/2016: Há quem pareça estar a ir um bocadinho mais longe com o significado das transferências de dinheiro.

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