Da entrevista que Durão Barroso deu ao Expresso e que o jornal publicou este Sábado, a passagem que ganhou mais destaque é a que vemos assinalada em primeiro lugar e que suscitou aliás, a reacção de Jorge Sampaio no dia seguinte, no jornal Público. Eu não gosto de Durão Barroso por causa da conduta que adoptou em 2004, mas reconheço que o mais importante da sua entrevista não foi essa passagem que, por causa da polémica, terá rendido muito mais do ponto de vista jornalístico. Leia-se a passagem assinalada mais abaixo, onde está uma confissão/contrição sobre a Cimeira das Lajes. 13 anos depois, já vem tarde, mas é sempre bom ler estas mostras de arrependimento. E depois há, para contraste e também vindo directamente da Europa para abrilhantar algumas festas noticiosas cá em Portugal, o comissário Carlos Moedas, que ontem compareceu no programa Prós e Contras da RTP. Apesar daquele ar de bom rapaz o defender de não gerar os anticorpos de Durão Barroso, só ele para conseguir conferir uma aura de razoabilidade ao discurso de Francisco Louçã. Os outros convidados foram Augusto Santos Silva e Viriato Soromenho Marques. Carlos Moedas não vive cá - num duplo sentido. Surpreendi-me aliás a perguntar-me interiormente quantos anos demorarão até ser a vez dele, de o ouvirmos a confessar-se que dar a imagem de estar a dar graxa a uns funcionários secundários da troica não foi a conduta mais adequada para os interesses de Portugal.
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