Se, a partir da fotografia, o leitor não se impressionou com a soprano Florence Foster Jenkins (1868-1944), então espere até a ouvir...
Para quem não conheça a ária original pode ouvi-la interpretada por uma banal Maria Callas para avalizar melhor o cunho pessoal que Florence Foster Jenkins punha nas suas interpretações: (1), (2), (3)... Dois episódios se associaram para reevocar aquela que ficou conhecida pela diva do grito aqui no Herdeiro de Aécio. Por um lado a notícia da estreia (a 6 de Maio) de um filme biográfico seu, protagonizado por Meryl Streep e Hugh Grant. Por outro lado, houve uma estranha semelhança de sensações quando assisti à recente prestação parlamentar de Sérgio Figueiredo. Assim como as inacreditáveis interpretações de Florence Foster Jenkins necessitaram de uma estranha conivência social para prosseguirem durante anos a fio, também não creio que a carreira na comunicação social de alguém que acabou de fazer a figura que Sérgio Figueiredo fez no parlamento se pode ter sustentado apenas nas virtudes e mérito do próprio.
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