Aqui há umas semanas, num dos seus artigos de opinião e com um retoque de ironia que nem lhe é comum, José Pacheco Pereira asseverava que, para a nossa direita radical, o Papa é do MRPP. Teve piada e só fiquei foi com pena que ele não identificasse quem faz parte dessa direita radical. É que nela me apetece distinguir entre aqueles que não têm memórias e a quem lhes reconheço o direito geracional de se convencerem que irão ser ele que vão mudar o Mundo. É uma presunção que toca a todas as gerações. Mas os que me têm surpreendido nos dias que correm são outros, aqueles que não se deixariam iludir pela fotomontagem acima, alguns deles que conheci sempre na direita mas muito menos radicais, os que têm obrigação de se recordar que estes tais cartazes do MRPP haviam sido originalmente afixados pelo CDS em 1975 (abaixo). Tempos em que havia pobreza, em que é provável que já houvesse profissionais da pobreza, mas em que garantidamente ainda não havia profissionais para a pobreza.
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