Quem conheça a história da propaganda do Estado Novo já se terá deparado com o cartaz acima, onde se sobrepunha o império colonial português a um mapa da Europa, potenciando a expressão da sua dimensão territorial. Menos conhecido, porém, é o cartaz abaixo, onde esse mesmo processo é aplicado aos Estados Unidos. Com um resultado visual ridículo, reconheça-se. A ideia de preencher os 2,2 milhões de km² das várias possessões portuguesas, que parecia resultar na Europa, tinha um impacto diluído sobre uma enorme base de 7,8 milhões de km² correspondentes ao território norte-americano. Pior que isso, e para os mais imaginativos e conhecedores de História, e porque o continente era o americano, o expediente podia desencadear uma associação nostálgica (e não muito lisonjeira) a um outro Portugal grande de 8,5 milhões de km² que fora perdido nos inícios do Século XIX na metade sul do continente... O mapa teve muito menos sucesso que o original.
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