Tudo pela Nação, Nada contra a Nação. (slogan do Estado Novo) Oitenta anos depois o Tudo passou a ser pela Europa?
Este vídeo com um trecho de um discurso de Paulo Rangel no parlamento europeu terá sido difundido com outro objectivo, mas a forma como o europeísmo é invocado e mesmo brandido pelo orador faz-me lembrar as ortodoxias dos tempos das grandes guerras religiosas ou as profissões de fé pelas doutrinas totalitárias do Século XX. A Europa e o europeísmo, pelo misticismo como Rangel a eles se refere, assemelham-se estranhamente à Nação de uns ou então ao Comunismo dos outros. O europeísmo de Rangel parece revestir-se de uma concepção tão rígida que não surpreenderia muito (se levarmos a sério as suas palavras) vir-se a falar a breve futuro de uma cisão franco-alemã como outrora se falou de uma sino-soviética. Já agora e a propósito e quanto ao resto da intervenção malevolente de Paulo Rangel, a comparação de Porfírio Silva da União Europeia com a União Soviética e que ele condena nem sequer é original: já há três meses José Pacheco Pereira fizera uma analogia semelhante, senão até mais substantiva e contundente (abaixo), comparando a soberania dos actuais países da União Monetária com a dos países do Pacto de Varsóvia, submetidos à famosa Doutrina Brejnev.
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