Se há uma imagem que se consolidou a respeito da constituição dos governos é o carácter muito específico da pasta da Cultura. Quem é que ainda se lembra que era Francisco José Viegas que a sobraçava no primeiro executivo de Pedro Passos Coelho em Junho de 2011? E quem é que ainda se lembra que Francisco José Viegas abandonou o executivo pouco mais de um ano depois, alegando motivos de doença? (Como nunca mais se ouviu falar dela, pareceu-me que felizmente recuperou da doença com extraordinária rapidez...) A verdade é que os titulares da Cultura parecem fazer parte de um executivo assim como o joker faz parte de um baralho de cartas. Há uns jogos mais delicados em que participam (como a canasta) mas na maioria dos outro jogos de cartas a sério (bridge, poker, sueca) ficam guardados na caixa. Algo que assentará como uma luva ao actual titular da pasta, João Barroso Soares, que abaixo vemos a presidir às cerimónias do ano novo chinês que recentemente tiveram lugar, que ele dignificou como só ele sabe, sabedoria etnográfica adquirida dos tempos em que presidiu à autarquia lisboeta.
Todos ainda se lembrarão que foi ele, FJV, quem mandou o então Secretário de Estados dos Assuntos Fiscais, Paulo Núncio, ir apanhar numa certa zona do corpo, tudo a propósito dos recibos com NIF e dos sorteios de automóveis feitos pela Autoridade Tributária...
ResponderEliminarPois, mas quem ficou com a última palavra foi mesmo Paulo Núncio que nos "enrabou" a todos, Francisco José Viegas incluído mas também a plêiade de todos aqueles jornalistas "especializados em economia", com aquele seu simulador on-line que antecipava elevadas devoluções da sobretaxa do IRS.
ResponderEliminarFoi um episódio a que atribui um significado especial pois, quando perguntei a Nicolau Santos - o Expresso fora um dos maiores promotores do "simulador" - se não se sentiria "enrabado" pelo esquema de Núncio respondeu-me que não. Descobri que para ele os jornalistas não têm de ter responsabilidades especiais por não terem investigado devidamente as "esparrelas" que promovem. A não ser no caso Artur Baptista da Silva...